Introdução
Durante muitos
anos a igreja Adventista vem praticando o chamado rebatismo. Muitas pessoas não entendem, tendo em vista a afirmação
do apóstolo Paulo: “uma só fé, um só
batismo” (Ef 4:5). Alguns criticam a prática como algo sem base escriturística.
Nossa proposta com este trabalho é demonstrar que o rebatismo tem base bíblica,
e ainda, que a relevância da mensagem apresentada pelo adventismo com o seu grupo
de reformas proposto para a vida religiosa, moral e social demanda do crente
uma profunda tomada de decisão. Demonstraremos a validade de um novo batismo através
de argumentos bíblicos bem sólidos, na intenção de alcançar mais decisões a
favor da maravilhosa mensagem adventista, tão peculiar para os nossos dias
quanto foi a mensagem apostólica para os seus.
As
Prefigurações do Rebatismo
O
apóstolo Paulo praticou o rebatismo, como se pode constatar lendo Atos 19:1-3. Por isso é muito importante
encontrar as razões que o levaram a fazê-lo.
Paulo é reconhecido, com justiça, como o sistematizador da doutrina
cristã. Uma de suas fortes características era sempre encontrar nas Escrituras
do Antigo Testamento uma argumentação que apoiasse os seus pontos de vista e as
suas práticas.
O batismo cristão tem os seus paradigmas
no Velho Testamento. Um desses é a circuncisão, da qual se pode afirmar, era
tão relevante para o israelita quanto o batismo o é para o cristão. Ninguém negaria
a importância da circuncisão como um "sinal" do concerto. Seria impossível
admitir um prosélito sem que este fosse submetido ao rito, muito menos um
judeu. Esta, portanto, era uma analogia do batismo cristão. Ou seja, para ser
um autêntico israelita era necessária a circuncisão. Para ser um cristão
verdadeiro é preciso ser batizado. A mesma importância que damos ao batismo, os
hebreus atribuíam à circuncisão.
Há
ainda acontecimentos significativos que demarcaram a vida nacional de Israel,
traçando uma linha divisória entre duas “etapas” distintas de sua experiência e
trazendo em seu escopo toda a força de um símbolo: O Dilúvio, a passagem pelo
Mar Vermelho e a travessia do rio Jordão. Tendo este fato como pano de fundo, vamos
observar que estes acontecimentos da experiência israelita são figuras ou
sombras do batismo cristão, principalmente se tomarmos como ponto de partida as
figuras utilizadas por Paulo e Pedro.
Circuncisão,
Uma Figura do Batismo Cristão
Batismo
Antigo
Não
se sabe exatamente qual a origem da prática, mas o batismo de prosélitos
remonta à era pré-cristã. “É bem estabelecido que a maneira do batismo prosélito era a imersão. O
regulamento requeria que todo o corpo fosse coberto com água.” [1]
A
Circuncisão
A
circuncisão foi um sinal de concerto precursor do batismo. É por isso,
importante conhecermos suas bases e estabelecermos uma relação entre ambos. A
circuncisão destinava-se a:
1- Distinguir
a semente de Abraão dos gentios (Ef 2:11);
2- Perpetuar a
memória do concerto com Jeová (Gn 17:11);
3- Fomentar o
cultivo de pureza moral (Dt 10:16);
4- Representar
a justificação pela fé (Rm 4:11);
5- Simbolizar
a circuncisão do coração (Rm 2:29);
6- Prefigurar
o rito cristão do batismo (Cl 2:11-12). [2]
Um
Sinal do Concerto
Assim
como o sábado é um sinal de santificação e uma garantia de que o Deus a quem se
serve é o verdadeiro Deus (Ez 20:12, 20), assim também, a circuncisão era um
sinal de que a pessoa havia entrado em uma relação de concerto com o Eterno.
Que ela teria, a partir de então, que respeitar as cláusulas deste concerto,
mas seria objeto do especial cuidado divino.
Deus
indicou sinais e memoriais de vários eventos significativos. O Sábado foi instituído
como um memorial da criação; a circuncisão, do
concerto abraãmico; o batismo, da morte e ressurreição de Cristo; a Ceia
do Senhor, do sacrifício vicário de Jesus. Sinais exteriores podem ensinar
verdades espirituais, dessa forma tornando-se canais indicados por Deus para
bênçãos espirituais. Assim, eles podem servir como uma memória perpétua da
graça de Deus e de nosso próprio dever e responsabilidade.
[3]
Para
compreendermos a importância da circuncisão e sua relevância para a religião
judaica basta notarmos o fato de que esta podia ser ministrada no Sábado (Jo 7:22
e 23; Fp 3:5). No entanto, não garantia a salvação de quem quer que fosse,
assim como o rito do batismo também não garante a salvação do novo convertido
(Lc 3:8; Jo 8:33-39; Rm 2:25-29; 9:4-8; Gl 3:7, 9, 16, 29). Da mesma forma que
a circuncisão era o sinal do Velho Concerto, o batismo é o selo do Novo
Testamento (Cl 2:10-12; Gn 17:10; Gl 3:7, 9, 27-29). Não havia na circuncisão,
como não há no batismo, virtude maior do que a fé pessoal daquele que aceita o
concerto (At 2:38; 3:19; 8:36 e 37). [4]
O
batismo cristão foi prefigurado na velha dispensação pelo Dilúvio (1Pe 3:20 e
21). Enquanto o grande volume de águas foi o instrumento divino para erradicar
os pecadores impenitentes, também serviu para introduzir o povo de Deus numa
nova relação de concerto com Jeová. De uma maneira prefigurada, a família de
Noé foi "batizada" nas águas do Dilúvio.
Por
ocasião do Êxodo, algo semelhante aconteceu. O povo de Deus havia sido
escravizado no Egito por séculos, onde aprendeu muitas de suas práticas e era
impedido de observar as Suas leis, inclusive o Sábado. Ao atravessar o Mar
Vermelho estavam rumando para uma nova relação com o Senhor, por isso, a
passagem através do mar notabilizou um “batismo”, figura do batismo em Cristo (1Co
10:1-4).
O
Dilúvio
O
Dilúvio separa Noé e sua família de duas épocas distintas. A primeira “etapa”
foi caracterizada pela corrupção do mundo ao ponto de
atrair os juízos divinos. Durante o Dilúvio Noé viu
desaparecer o que poderíamos chamar de “velha vida”. A segunda “etapa” foi
caracterizada pela esperança de restauração e muita expectativa. Logo que o
patriarca deixou o barco com sua família, ou seja, após o seu “batismo” (1Pe 3:20-21), Deus estabeleceu com ele uma aliança,
acompanhada da promessa de não mais destruir a Terra com um dilúvio de águas (Gn
8:20-22). Neste episódio há uma
verdadeira analogia do batismo cristão, tendo em vista a sua característica demarcadora
de duas “etapa” distintas na vida do crente.
O
Êxodo
Algo
bem parecido aconteceu no Êxodo. Durante o período de escravidão no Egito, o
povo de Israel parece ter perdido muitos dos seus valores religiosos. O Sábado
deixou de ser observado, e quando Moisés começou o processo de libertação, uma
das primeiras práticas a serem restabelecidas foi sua observância (Êx 5:4).
Depois que os israelitas atravessaram milagrosamente o Mar Vermelho, Deus os
provou quanto à fidelidade a este importante mandamento (Êx 16:4-5, 26-30).
No
Egito eles também aprenderam a idolatria, cujos reflexos foram vistos na
confecção do bezerro de ouro (Êx 32:1-10). Ao tirar o Seu povo de lá, o Senhor
estava dando um novo rumo à vida espiritual de Israel.
A
travessia do Mar Vermelho foi uma bombástica demonstração da capacidade
salvadora de Jeová. Algo que deveria influenciar a conduta de Seu povo por milênios,
porém, acima de tudo, almejava a total entrega deles. A partir daquele
episódio, a vida do israelita estaria dividida em duas “etapas”, ou seja, antes
e depois da travessia. O apóstolo Paulo encara a travessia do Mar Vermelho como
um “batismo” do povo de Israel, no qual foram introduzidos numa nova relação
para com Deus (1Co 10:1-4).
A Travessia do Jordão
Muito embora grandes milagres tenham
sido operados em favor deles, tais como: a chuva de maná (Êx 16), a preservação
das suas roupas (Dt 29:5), sombra durante os dias quentes do deserto e a coluna
de fogo à noite para aquecer e iluminar (Êx 13:22), o povo de Israel deixou de
confiar inteiramente no Senhor, e por isso, deveria vagar durante quarenta anos
(Nm 14:20-38) até que uma nova geração fosse introduzida na terra de Canaã.
Quarenta
anos se passaram e Josué estava na liderança da nova geração, no entanto, tudo
o que pudesse representar a “velha vida” do deserto deveria ficar para trás.
Esses jovens pisariam a terra de Canaã como uma classe redimida, transformada e
pronta para a nova “etapa” da vida nacional e espiritual de Israel. A travessia
do Jordão (Js 3) não foi menos impressionante que a do Mar Vermelho, e provia
um milagroso “batismo” como introdução à uma “nova vida”.
O
Batismo Judaico e o Batismo de João
Os judeus praticavam o batismo por imersão,
mas apenas para os prosélitos. Não reconheciam sua autenticidade se ministrado
a um israelita: “Embora
os judeus reconhecessem a validade do batismo dos prosélitos, o rito era apenas
para os conversos gentios ao judaísmo. Que João o requeresse dos próprios
judeus, e até mesmo dos lideres religiosos, era um aspecto chocante do seu
batismo”. [5]
Os
essênios, ao contrário dos judeus hierosolimitanos, se batizavam diariamente
como uma maneira de lavar os seus pecados, embora não perdessem de vista o
aspecto simbólico. Qumran, local onde viviam, dista cerca de 24 quilômetros de
onde João batizava. Os judeus não questionavam o procedimento de João ao
batizar, mas sua autoridade para realizá-lo (Jo 1:19-28).
João
Batista foi o precursor de Jesus Cristo. Antes mesmo de nascer foi escolhido
para uma missão peculiar, totalmente singular, pois deveria preparar o coração
das pessoas para receber o Messias. Uma das suas atribuições era introduzir o
crente em um novo padrão de vida espiritual (Lc 3:7-14). Todos os que lhe procuravam
já criam em Deus, eram israelitas, pertenciam ao povo portador dos oráculos
divinos. No entanto, algo novo e revolucionário estava diante deles. Na
realidade, um desafio à integridade de sua fé.
O Judaísmo constituía a “Igreja”
estabelecida do Antigo Testamento. Não era nada fácil para um judeu aceitar
novos preceitos e um conceito religioso diferente do que havia aprendido. Tal
inovação era a proposta da pregação de João, pois é impossível receber o
Messias e ainda continuar sendo o mesmo.
Jesus
considerava o Batista mais que um profeta (Lc 7:26-28). Os efeitos de sua
pregação foram fantásticos (Lc 7:29), mas, ainda assim, os fariseus e
intérpretes da lei a rejeitaram e, dessa forma, declinaram do desígnio de Deus
(Lc 7:30). A mais forte evidência da aceitação dos planos divinos para eles
naquele momento da história sagrada seria receber o batismo de João.
Como acontece com outros ritos,
tanto do Judaísmo como do próprio Cristianismo, o batismo não tem em si mesmo
nenhuma virtude. Não há poder salvador no rito. Deve ser ministrado para o que
crê em Cristo (At 8:37; Rm 10:9). Não transforma descrentes em fiéis
testemunhas do Evangelho. Deve ser praticado pelos que se arrependem dos seus
pecados (At 2:38; 19:19). Daí, a herança natural abraãmica de nada vale (Mt
3:9; Jo 8:33, 39, 53; Rm 11:21; Gl 3:7, 29; Tg 2:21).
Como lemos em Lucas 7:30, os fariseu
rejeitaram o desígnio de Deus ao recuarem
diante do batismo ministrado por João. A mensagem do
Batista era própria para o seu tempo, pois, constituía a verdade presente (2Pe
1:12). A rejeição daquela mensagem equivalia à recusa da Palavra de Deus. Como
já foi afirmado, não era nada fácil para um judeu se deixar batizar, pois,
estavam seguros de que a aliança abraãmica os destacava como povo eleito.
Porém, um estudo cuidadoso das profecias seria o suficiente para demonstrar a
relevância da mensagem de João (Lc 3:1-6; Isaías 40:3-5) e a necessidade do seu
batismo.
Quando os fariseus e escribas indagaram
de Jesus o porquê de Seus discípulos não jejuarem como faziam os seguidores de João,
bem como os dos fariseus, Jesus lhes contou uma parábola:
Ninguém tira
pedaço de veste nova e o põe em veste velha; pois que rasgará a nova e o
remendo da nova não se ajustará à velha. E ninguém põe vinho novo em odres
velhos, pois que o vinho novo romperá os odres; entornar-se-á o vinho e os
odres se estragarão. Pelo contrário, vinho novo deve ser posto em odres novos
[e ambos se conservam]. E ninguém, tendo bebido o vinho velho, prefere o novo;
porque diz: O velho é‚ excelente (Lc 5:36-39).
Há
maravilhosas lições que podemos tirar dessa parábola:
1- Seria inútil tentar
reformar velhas instituições religiosas depois de estarem maculadas pelo formalismo
religioso. O que aconteceu aos fariseus se repete nos dias atuais. Apegados às
tradições, os lideres espirituais de nossos dias não se importam com a verdade
e nem examinam as Escrituras.
2- Jesus disse
que os que provam do vinho velho não apreciarão o vinho novo, ou seja, o apego
a costumes e tradições é tão exacerbado no mundo religioso que frequentemente
as pessoas negligenciam novos esclarecimentos em detrimento de velhos
conceitos.
O
apóstolo Paulo escrevendo aos romanos sobre quem na verdade é israelita, e
tomando a circuncisão como um sinal de concerto disse, “porque a circuncisão
tem valor se praticardes a lei; se és, porém, transgressor da lei, a tua
circuncisão já se tornou incircuncisão” (Rm 2:25). Se for feito o mesmo,
tomando o batismo como sinal de concerto, se pode afirmar que a validade deste se
condiciona a obediência à santa lei moral de Deus.
O
Rebatismo em Éfeso
Em Atos 19:1-7 há o curioso relato
de um rebatismo. Os judeus estavam espalhados por toda a parte do mundo antigo.
Muitos dos que haviam ouvido a mensagem de João saíram mundo afora, movidos
pelo zelo missionário, entre eles, esse grupo de doze homens. A pregação de João
incluía o chamado ao arrependimento, vida reta, a aceitação do Messias cuja
vinda estava às portas e o batismo (Lc 3:1-20).
Porém,
um importante aspecto de sua mensagem, era a antecipação do poderoso ministério
do Espírito Santo após a chegada do Messias (Lc 3:16). O Espírito Santo era,
portanto, um tema preponderante da pregação do Batista (Mt 3:11). Ainda assim,
os crentes de Éfeso afirmaram não ter conhecimento, se quer de Sua existência.
É
possível, que de certa forma, eles tivessem uma vaga teoria a respeito, sem
nenhuma evidencia prática (mas é pouco provável). Há ainda uma possibilidade de
terem sido batizados por Apolo antes deste receber instruções mais completas de
Aquila e Priscila. Se assim aconteceu, então os crentes de Éfeso foram
batizados no batismo de João, mas não diretamente por ele. Uma coisa é certa.
Não haviam experimentado a justiça, paz e alegria que lhes pertencia no
Espírito (Rm 14:17): “Paulo provavelmente notou nesses homens uma falta dos
dons espirituais, e talvez uma ausência de paz, alegria e radiância que eram
revelados nos que são trazidos à plenitude da mensagem do Evangelho.”[6]
Tudo isso indicava a necessidade de renovação da fé, tendo como base a aceitação
da verdade presente.
Aqui está um
exemplo de indivíduos rebatizados com base na recepção de verdades vitais,
novas para eles... Quando alguém já houver sido batizado em Cristo, o rebatismo
é requerido apenas se houver apostasia definida das crenças e padrões que
requer o discipulado em Cristo - exceção a essa regra geral seriam os casos
como o que fora aqui descrito.[7]
Aqueles crentes não conheciam a mensagem
da justificação pela fé em Cristo, não estavam familiarizados com a “verdade
presente”. Sua religião embora fosse boa, autêntica e divina, já havia cumprido
o seu papel e passara. Paulo os rebatizou,
eles por sua vez acolheram as novas com alegria, pois, com a mesma sinceridade
com que haviam recebido a mensagem de João, acolhiam agora a nova luz.
Há ainda para
nós outras lições na experiência daqueles conversos judeus. Quando eles
receberam o batismo das mãos de João, não compreenderam completamente a missão
de Jesus como Aquele que leva o pecado. Mantinham sérios erros. Mas com mais
clara luz, alegremente aceitaram a Cristo como seu Redentor, e com este passo
de progresso veio uma mudança em suas obrigações. Ao receberem uma fé mais
pura, houve uma correspondente mudança em sua vida. Como sinal desta mudança, e
em reconhecimento de sua fé em Cristo, foram rebatizados no nome de Jesus.[8]
Rebatismo
na Igreja Adventista do Sétimo Dia
A
mensagem adventista é tão peculiar e própria para este tempo, quanto foi a
mensagem dos apóstolos para o seu tempo. Os adventistas pregam a vigência da
lei moral de Deus, inclusive a obrigatoriedade da guarda do Sábado do quarto
mandamento. Ensinam a doutrina bíblica da imortalidade condicional, ou seja o
homem é candidato à vida eterna, não a possui incondicionalmente como pregam
unanimemente as instituições religiosas. Na igreja Adventista foi restabelecido
o dom profético e, através dele, recebem instruções quanto a educação,
vestuário e saúde. O movimento adventista surgiu como resultado do grande
reavivamento religioso do século XIX, depois de fervorosos estudos da Palavra
de Deus sobre profecias de tempo convergindo para a restauração do legítimo
culto de Deus no período que antecede o retorno do Senhor Jesus.
Portanto,
a reivindicação pelo novo batismo não é, por assim dizer, feita pela igreja,
mas pela própria Palavra de Deus. Os Anabatistas, no século XVII foram os
reformadores de sua época. Eram defensores da idéia de separação entre Igreja e
Estado, defendiam também um estilo de vida simples, e reconheciam no batismo
por imersão a única forma que condiz com a doutrina bíblica do batismo (Rm
6:3-6), por isso realizavam novo batismo nos conversos vindos da religião
oficial.
Conclusão
Um estudo cuidadoso do assunto demonstra que
na história do povo de Deus são encontrados os precedentes para o rebatismo.
Cronologicamente, o primeiro “batismo” (embora num sentido figurado) ocorreu no
Dilúvio (1Pe 3:20-21). Na era patriarcal foi instituída a circuncisão (Gn
17:9-14).
Os
israelitas foram submetidos a novo batismo na passagem do Mar Vermelho (1Co
10:1-4), depois de terem declinado da fé durante o período do cativeiro. A
passagem pelo Jordão caracterizou outro batismo, tendo em vista a triste
experiência de repetida apostasia durante os quarenta anos no deserto.
O
batismo de João, verdadeiro “rebatismo”, foi uma proposta de trazer de volta
para Deus um remanescente fiel. E, finalmente, o rebatismo de Éfeso (At 19:1-5)
introduziu os crentes “batistas” numa nova relação de concerto com Deus através
da recepção da “verdade presente” e do Espírito Santo.
Quando
o apóstolo assegura haver um só Deus, uma só fé e um só batismo, a concepção de
suas palavras transcende a idéia de número. Está afirmando que para uma fé
verdadeira e para um Deus verdadeiro, existe apenas um batismo verdadeiro. No
caso dos crentes de Éfeso, o que autenticou sua experiência de conversão foi o
segundo batismo, ou seja, o rebatismo.
Quando
o crente sincero descobre que esteve violando um dos mandamentos da lei moral
não hesita em receber um novo batismo, pois, como disse Jesus, não se pode por
vinho novo em odres velhos.
[1] Seventh- day Adventist Bible Commentary (SDABC), ed.
Francis D. Nichol (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association,
1953-1954), 5:297.
[8] Ellen G. White, Atos dos Apóstolos (Santo André, SP: Casa
Publicadora Brasileira, 1976), 285.
Autor:
Pr. Josimir
Albino do Nascimento, Doutor em Teologia Pastoral
Parabéns.
ResponderExcluirNão consegui notar argumentos convincentes de que o REbatismo possui respaldo Bíblico. O que ficou evidente foi que o rebatismo era aplicado àqueles que, na ocasião do seu primeiro batismo, não possuíam conhecimento exato da verdade e por isso não tinham plena consciência do seu significado, como um contrato assinado por um incapaz, não possui validade, não surte efeito, o efeito no caso é o recebimento do espírito santo. O batismo nao só simboliza uma nova vida, um arrependimento da vida anterior, mas também um pacto onde você dedica sua vida Deus e você não dedica sua vida duas vezes. O batismo pra ser reconhecimento tem que estar de acordo com a palavra de Deus e quando está, só existe um. Não há que se falar em alterações de cláusulas se ele for verdadeiro. Se as leis são as mesmas não há necessidade de 2 ou mais batismos. Só haverá necessidade do segundo batismo se o primeiro não foi verdadeiro. O processo de confissão de pecados e por fim disciplina e reabilitação da pessoa como membro da congregação, não se exige rebatismo. Pois a pessoa não está selando um novo pacto. O pacto original(do seu batismo) se mantém, o que houve foi uma falha da pessoa ao cumprir as regras. JEOVÁ IRÁ PERDOA-LA, SE ELA SE ARREPENDER, JEOVÁ NÃO VAI SELAR UM NOVO PACTO SE O PRIMEIRO ja foi estabelecido com base na verdade.
ResponderExcluirAssim que puder, vou preparar um material com mais detalhes sobre o tema. Este artigo é antigo e há alguns detalhes não fornecidos nele.
ExcluirMuito agradecido pelo seu comentário!
Pr. Josimir
Além do que o batismo significa nascer de novo.. E vc não precisa nascer de novo só porque cometeu um pecado, se arrependeu e foi reaceito.
ResponderExcluirAguardo resposta. elvis.sp11@gmail.com
Obrigado
Assim que puder, vou preparar um material com mais detalhes sobre o tema. Este artigo é antigo e há alguns detalhes não fornecidos nele. Muito agradecido pelo seu comentário! Pr. Josimir
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