quarta-feira, 27 de junho de 2012

A DOUTRINA BÍBLICA DO REBATISMO: É CORRETO O CRENTE SER BATIZADO UMA SEGUNDA VEZ




Introdução

         Durante muitos anos a igreja Adventista vem praticando o chamado rebatismo. Muitas pessoas não entendem, tendo em vista a afirmação do apóstolo Paulo: “uma  só fé, um só batismo” (Ef 4:5). Alguns criticam a prática como algo sem base escriturística. Nossa proposta com este trabalho é demonstrar que o rebatismo tem base bíblica, e ainda, que a relevância da mensagem apresentada pelo adventismo com o seu grupo de reformas proposto para a vida religiosa, moral e social demanda do crente uma profunda tomada de decisão. Demonstraremos a validade de um novo batismo através de argumentos bíblicos bem sólidos, na intenção de alcançar mais decisões a favor da maravilhosa mensagem adventista, tão peculiar para os nossos dias quanto foi a mensagem apostólica para os seus.

As Prefigurações do Rebatismo
       
O apóstolo Paulo praticou o rebatismo, como se pode constatar lendo  Atos 19:1-3. Por isso é muito importante encontrar as razões que o levaram a fazê-lo.  Paulo é reconhecido, com justiça, como o sistematizador da doutrina cristã. Uma de suas fortes características era sempre encontrar nas Escrituras do Antigo Testamento uma argumentação que apoiasse os seus pontos de vista e as suas práticas.
            O batismo cristão tem os seus paradigmas no Velho Testamento. Um desses é a circuncisão, da qual se pode afirmar, era tão relevante para o israelita quanto o batismo o é para o cristão. Ninguém negaria a importância da circuncisão como um "sinal" do concerto. Seria impossível admitir um prosélito sem que este fosse submetido ao rito, muito menos um judeu. Esta, portanto, era uma analogia do batismo cristão. Ou seja, para ser um autêntico israelita era necessária a circuncisão. Para ser um cristão verdadeiro é preciso ser batizado. A mesma importância que damos ao batismo, os hebreus atribuíam à circuncisão.
Há  ainda acontecimentos significativos que demarcaram a vida nacional de Israel, traçando uma linha divisória entre duas “etapas” distintas de sua experiência e trazendo em seu escopo toda a força de um símbolo: O Dilúvio, a passagem pelo Mar Vermelho e a travessia do rio Jordão. Tendo este fato como pano de fundo, vamos observar que estes acontecimentos da experiência israelita são figuras ou sombras do batismo cristão, principalmente se tomarmos como ponto de partida as figuras utilizadas por Paulo e Pedro.



Circuncisão, Uma Figura do Batismo Cristão

Batismo Antigo

Não se sabe exatamente qual a origem da prática, mas o batismo de prosélitos remonta à era pré-cristã. “É bem estabelecido que a maneira do  batismo prosélito era a imersão. O regulamento requeria que todo o corpo fosse coberto com água.” [1]

A Circuncisão

A circuncisão foi um sinal de concerto precursor do batismo. É por isso, importante conhecermos suas bases e estabelecermos uma relação entre ambos. A circuncisão destinava-se a:
1- Distinguir a semente de Abraão dos gentios (Ef 2:11);
2- Perpetuar a memória do concerto com Jeová  (Gn 17:11);
3- Fomentar o cultivo de pureza moral (Dt 10:16);
4- Representar a justificação pela fé (Rm 4:11);
5- Simbolizar a circuncisão do coração (Rm 2:29);
6- Prefigurar o rito cristão do batismo (Cl 2:11-12). [2]

Um Sinal do Concerto

            Assim como o sábado é um sinal de santificação e uma garantia de que o Deus a quem se serve é o verdadeiro Deus (Ez 20:12, 20), assim também, a circuncisão era um sinal de que a pessoa havia entrado em uma relação de concerto com o Eterno. Que ela teria, a partir de então, que respeitar as cláusulas deste concerto, mas seria objeto do especial cuidado divino.

Deus indicou sinais e memoriais de vários eventos significativos. O Sábado foi instituído como um memorial da criação; a circuncisão, do  concerto abraãmico; o batismo, da morte e ressurreição de Cristo; a Ceia do Senhor, do sacrifício vicário de Jesus. Sinais exteriores podem ensinar verdades espirituais, dessa forma tornando-se canais indicados por Deus para bênçãos espirituais. Assim, eles podem servir como uma memória perpétua da graça de Deus e de nosso próprio dever e responsabilidade. [3]

Para compreendermos a importância da circuncisão e sua relevância para a religião judaica basta notarmos o fato de que esta podia ser ministrada no Sábado (Jo 7:22 e 23; Fp 3:5). No entanto, não garantia a salvação de quem quer que fosse, assim como o rito do batismo também não garante a salvação do novo convertido (Lc 3:8; Jo 8:33-39; Rm 2:25-29; 9:4-8; Gl 3:7, 9, 16, 29). Da mesma forma que a circuncisão era o sinal do Velho Concerto, o batismo é o selo do Novo Testamento (Cl 2:10-12; Gn 17:10; Gl 3:7, 9, 27-29). Não havia na circuncisão, como não há no batismo, virtude maior do que a fé pessoal daquele que aceita o concerto (At 2:38; 3:19; 8:36 e 37). [4]
O batismo cristão foi prefigurado na velha dispensação pelo Dilúvio (1Pe 3:20 e 21). Enquanto o grande volume de águas foi o instrumento divino para erradicar os pecadores impenitentes, também serviu para introduzir o povo de Deus numa nova relação de concerto com Jeová. De uma maneira prefigurada, a família de Noé foi "batizada" nas águas do Dilúvio.
Por ocasião do Êxodo, algo semelhante aconteceu. O povo de Deus havia sido escravizado no Egito por séculos, onde aprendeu muitas de suas práticas e era impedido de observar as Suas leis, inclusive o Sábado. Ao atravessar o Mar Vermelho estavam rumando para uma nova relação com o Senhor, por isso, a passagem através do mar notabilizou um “batismo”, figura do batismo em Cristo (1Co 10:1-4).

O Dilúvio
       
O Dilúvio separa Noé e sua família de duas épocas distintas. A primeira “etapa” foi  caracterizada  pela corrupção do mundo ao ponto  de  atrair  os  juízos divinos. Durante o Dilúvio Noé viu desaparecer o que poderíamos chamar de “velha vida”. A segunda “etapa” foi caracterizada pela esperança de restauração e muita expectativa. Logo que o patriarca deixou o barco com sua família, ou seja, após o seu “batismo” (1Pe  3:20-21), Deus estabeleceu com ele uma  aliança,  acompanhada da promessa de não mais destruir a Terra com um  dilúvio de águas  (Gn  8:20-22).  Neste episódio há uma verdadeira analogia do batismo cristão, tendo em vista a sua característica demarcadora de duas “etapa” distintas na vida do crente.               

        
O Êxodo

            Algo bem parecido aconteceu no Êxodo. Durante o período de escravidão no Egito, o povo de Israel parece ter perdido muitos dos seus valores religiosos. O Sábado deixou de ser observado, e quando Moisés começou o processo de libertação, uma das primeiras práticas a serem restabelecidas foi sua observância (Êx 5:4). Depois que os israelitas atravessaram milagrosamente o Mar Vermelho, Deus os provou quanto à fidelidade a este importante mandamento (Êx 16:4-5, 26-30).
            No Egito eles também aprenderam a idolatria, cujos reflexos foram vistos na confecção do bezerro de ouro (Êx 32:1-10). Ao tirar o Seu povo de lá, o Senhor estava dando um novo rumo à vida espiritual de Israel.
            A travessia do Mar Vermelho foi uma bombástica demonstração da capacidade salvadora de Jeová. Algo que deveria influenciar a conduta de Seu povo por milênios, porém, acima de tudo, almejava a total entrega deles. A partir daquele episódio, a vida do israelita estaria dividida em duas “etapas”, ou seja, antes e depois da travessia. O apóstolo Paulo encara a travessia do Mar Vermelho como um “batismo” do povo de Israel, no qual foram introduzidos numa nova relação para com Deus (1Co 10:1-4).

A Travessia do Jordão


            Muito embora grandes milagres tenham sido operados em favor deles, tais como: a chuva de maná (Êx 16), a preservação das suas roupas (Dt 29:5), sombra durante os dias quentes do deserto e a coluna de fogo à noite para aquecer e iluminar (Êx 13:22), o povo de Israel deixou de confiar inteiramente no Senhor, e por isso, deveria vagar durante quarenta anos (Nm 14:20-38) até que uma nova geração fosse introduzida na terra de Canaã.
            Quarenta anos se passaram e Josué estava na liderança da nova geração, no entanto, tudo o que pudesse representar a “velha vida” do deserto deveria ficar para trás. Esses jovens pisariam a terra de Canaã como uma classe redimida, transformada e pronta para a nova “etapa” da vida nacional e espiritual de Israel. A travessia do Jordão (Js 3) não foi menos impressionante que a do Mar Vermelho, e provia um milagroso “batismo” como introdução à uma “nova vida”. 

O Batismo Judaico e o Batismo de João

  Os judeus praticavam o batismo por imersão, mas apenas para os prosélitos. Não reconheciam sua autenticidade se ministrado a um israelita: “Embora os judeus reconhecessem a validade do batismo dos prosélitos, o rito era apenas para os conversos gentios ao judaísmo. Que João o requeresse dos próprios judeus, e até mesmo dos lideres religiosos, era um aspecto chocante do seu batismo”. [5]
            Os essênios, ao contrário dos judeus hierosolimitanos, se batizavam diariamente como uma maneira de lavar os seus pecados, embora não perdessem de vista o aspecto simbólico. Qumran, local onde viviam, dista cerca de 24 quilômetros de onde João batizava. Os judeus não questionavam o procedimento de João ao batizar, mas sua autoridade para realizá-lo (Jo 1:19-28).
João Batista foi o precursor de Jesus Cristo. Antes mesmo de nascer foi escolhido para uma missão peculiar, totalmente singular, pois deveria preparar o coração das pessoas para receber o Messias. Uma das suas atribuições era introduzir o crente em um novo padrão de vida espiritual (Lc 3:7-14). Todos os que lhe procuravam já criam em Deus, eram israelitas, pertenciam ao povo portador dos oráculos divinos. No entanto, algo novo e revolucionário estava diante deles. Na realidade, um desafio à integridade de sua fé.
            O Judaísmo constituía a “Igreja” estabelecida do Antigo Testamento. Não era nada fácil para um judeu aceitar novos preceitos e um conceito religioso diferente do que havia aprendido. Tal inovação era a proposta da pregação de João, pois é impossível receber o Messias e ainda continuar sendo o mesmo.
Jesus considerava o Batista mais que um profeta (Lc 7:26-28). Os efeitos de sua pregação foram fantásticos (Lc 7:29), mas, ainda assim, os fariseus e intérpretes da lei a rejeitaram e, dessa forma, declinaram do desígnio de Deus (Lc 7:30). A mais forte evidência da aceitação dos planos divinos para eles naquele momento da história sagrada seria receber o batismo de João. 
            Como acontece com outros ritos, tanto do Judaísmo como do próprio Cristianismo, o batismo não tem em si mesmo nenhuma virtude. Não há poder salvador no rito. Deve ser ministrado para o que crê em Cristo (At 8:37; Rm 10:9). Não transforma descrentes em fiéis testemunhas do Evangelho. Deve ser praticado pelos que se arrependem dos seus pecados (At 2:38; 19:19). Daí, a herança natural abraãmica de nada vale (Mt 3:9; Jo 8:33, 39, 53; Rm 11:21; Gl 3:7, 29; Tg 2:21).
            Como lemos em Lucas 7:30, os fariseu rejeitaram o desígnio de Deus ao recuarem  diante  do  batismo ministrado por João. A mensagem do Batista era própria para o seu tempo, pois, constituía a verdade presente (2Pe 1:12). A rejeição daquela mensagem equivalia à recusa da Palavra de Deus. Como já foi afirmado, não era nada fácil para um judeu se deixar batizar, pois, estavam seguros de que a aliança abraãmica os destacava como povo eleito. Porém, um estudo cuidadoso das profecias seria o suficiente para demonstrar a relevância da mensagem de João (Lc 3:1-6; Isaías 40:3-5) e a necessidade do seu batismo.
            Quando os fariseus e escribas indagaram de Jesus o porquê de Seus discípulos não jejuarem como faziam os seguidores de João, bem como os dos fariseus, Jesus lhes contou uma parábola:
Ninguém tira pedaço de veste nova e o põe em veste velha; pois que rasgará a nova e o remendo da nova não se ajustará à velha. E ninguém põe vinho novo em odres velhos, pois que o vinho novo romperá os odres; entornar-se-á o vinho e os odres se estragarão. Pelo contrário, vinho novo deve ser posto em odres novos [e ambos se conservam]. E ninguém, tendo bebido o vinho velho, prefere o novo; porque diz: O velho é‚ excelente (Lc 5:36-39).         
Há maravilhosas lições que podemos tirar dessa parábola:
1- Seria inútil tentar reformar velhas instituições religiosas depois de estarem maculadas pelo formalismo religioso. O que aconteceu aos fariseus se repete nos dias atuais. Apegados às tradições, os lideres espirituais de nossos dias não se importam com a verdade e nem examinam as Escrituras.
2- Jesus disse que os que provam do vinho velho não apreciarão o vinho novo, ou seja, o apego a costumes e tradições é tão exacerbado no mundo religioso que frequentemente as pessoas negligenciam novos esclarecimentos em detrimento de velhos conceitos.
O apóstolo Paulo escrevendo aos romanos sobre quem na verdade é israelita, e tomando a circuncisão como um sinal de concerto disse, “porque a circuncisão tem valor se praticardes a lei; se és, porém, transgressor da lei, a tua circuncisão já se tornou incircuncisão” (Rm 2:25). Se for feito o mesmo, tomando o batismo como sinal de concerto, se pode afirmar que a validade deste se condiciona a obediência à santa lei moral de Deus.

O Rebatismo em Éfeso

            Em Atos 19:1-7 há o curioso relato de um rebatismo. Os judeus estavam espalhados por toda a parte do mundo antigo. Muitos dos que haviam ouvido a mensagem de João saíram mundo afora, movidos pelo zelo missionário, entre eles, esse grupo de doze homens. A pregação de João incluía o chamado ao arrependimento, vida reta, a aceitação do Messias cuja vinda estava às portas e o batismo (Lc 3:1-20).
Porém, um importante aspecto de sua mensagem, era a antecipação do poderoso ministério do Espírito Santo após a chegada do Messias (Lc 3:16). O Espírito Santo era, portanto, um tema preponderante da pregação do Batista (Mt 3:11). Ainda assim, os crentes de Éfeso afirmaram não ter conhecimento, se quer de Sua existência.
É possível, que de certa forma, eles tivessem uma vaga teoria a respeito, sem nenhuma evidencia prática (mas é pouco provável). Há ainda uma possibilidade de terem sido batizados por Apolo antes deste receber instruções mais completas de Aquila e Priscila. Se assim aconteceu, então os crentes de Éfeso foram batizados no batismo de João, mas não diretamente por ele. Uma coisa é certa. Não haviam experimentado a justiça, paz e alegria que lhes pertencia no Espírito (Rm 14:17): “Paulo provavelmente notou nesses homens uma falta dos dons espirituais, e talvez uma ausência de paz, alegria e radiância que eram revelados nos que são trazidos à plenitude da mensagem do Evangelho.”[6] Tudo isso indicava a necessidade de renovação da fé, tendo como base a aceitação da verdade presente.
Aqui está um exemplo de indivíduos rebatizados com base na recepção de verdades vitais, novas para eles... Quando alguém já houver sido batizado em Cristo, o rebatismo é requerido apenas se houver apostasia definida das crenças e padrões que requer o discipulado em Cristo - exceção a essa regra geral seriam os casos como o que fora aqui descrito.[7]

            Aqueles crentes não conheciam a mensagem da justificação pela fé em Cristo, não estavam familiarizados com a “verdade presente”. Sua religião embora fosse boa, autêntica e divina, já havia cumprido o seu papel e passara. Paulo os rebatizou, eles por sua vez acolheram as novas com alegria, pois, com a mesma sinceridade com que haviam recebido a mensagem de João, acolhiam agora a nova luz.
Há ainda para nós outras lições na experiência daqueles conversos judeus. Quando eles receberam o batismo das mãos de João, não compreenderam completamente a missão de Jesus como Aquele que leva o pecado. Mantinham sérios erros. Mas com mais clara luz, alegremente aceitaram a Cristo como seu Redentor, e com este passo de progresso veio uma mudança em suas obrigações. Ao receberem uma fé mais pura, houve uma correspondente mudança em sua vida. Como sinal desta mudança, e em reconhecimento de sua fé em Cristo, foram rebatizados no nome de Jesus.[8]


Rebatismo na Igreja Adventista do Sétimo Dia
 
A mensagem adventista é tão peculiar e própria para este tempo, quanto foi a mensagem dos apóstolos para o seu tempo. Os adventistas pregam a vigência da lei moral de Deus, inclusive a obrigatoriedade da guarda do Sábado do quarto mandamento. Ensinam a doutrina bíblica da imortalidade condicional, ou seja o homem é candidato à vida eterna, não a possui incondicionalmente como pregam unanimemente as instituições religiosas. Na igreja Adventista foi restabelecido o dom profético e, através dele, recebem instruções quanto a educação, vestuário e saúde. O movimento adventista surgiu como resultado do grande reavivamento religioso do século XIX, depois de fervorosos estudos da Palavra de Deus sobre profecias de tempo convergindo para a restauração do legítimo culto de Deus no período que antecede o retorno do Senhor Jesus.
Portanto, a reivindicação pelo novo batismo não é, por assim dizer, feita pela igreja, mas pela própria Palavra de Deus. Os Anabatistas, no século XVII foram os reformadores de sua época. Eram defensores da idéia de separação entre Igreja e Estado, defendiam também um estilo de vida simples, e reconheciam no batismo por imersão a única forma que condiz com a doutrina bíblica do batismo (Rm 6:3-6), por isso realizavam novo batismo nos conversos vindos da religião oficial.

Conclusão

 Um estudo cuidadoso do assunto demonstra que na história do povo de Deus são encontrados os precedentes para o rebatismo. Cronologicamente, o primeiro “batismo” (embora num sentido figurado) ocorreu no Dilúvio (1Pe 3:20-21). Na era patriarcal foi instituída a circuncisão (Gn 17:9-14).
Os israelitas foram submetidos a novo batismo na passagem do Mar Vermelho (1Co 10:1-4), depois de terem declinado da fé durante o período do cativeiro. A passagem pelo Jordão caracterizou outro batismo, tendo em vista a triste experiência de repetida apostasia durante os quarenta anos no deserto.
O batismo de João, verdadeiro “rebatismo”, foi uma proposta de trazer de volta para Deus um remanescente fiel. E, finalmente, o rebatismo de Éfeso (At 19:1-5) introduziu os crentes “batistas” numa nova relação de concerto com Deus através da recepção da “verdade presente” e do Espírito Santo.
Quando o apóstolo assegura haver um só Deus, uma só fé e um só batismo, a concepção de suas palavras transcende a idéia de número. Está afirmando que para uma fé verdadeira e para um Deus verdadeiro, existe apenas um batismo verdadeiro. No caso dos crentes de Éfeso, o que autenticou sua experiência de conversão foi o segundo batismo, ou seja, o rebatismo.
            Quando o crente sincero descobre que esteve violando um dos mandamentos da lei moral não hesita em receber um novo batismo, pois, como disse Jesus, não se pode por vinho novo em odres velhos.




[1] Seventh- day Adventist Bible Commentary (SDABC), ed. Francis D. Nichol (Washington, D.C.: Review and Herald Publishing Association, 1953-1954), 5:297.

[2] SDABC, 1:322.

[3] SDABC, 1:323.

[4] SDABC, 4:689.

[5] SDABC, 5:298.

[6] SDABC, 6:372.

[7] SDABC, 1:373.

[8] Ellen G. White, Atos dos Apóstolos (Santo André, SP: Casa Publicadora Brasileira, 1976), 285.

Autor:
Pr. Josimir Albino do Nascimento, Doutor em Teologia Pastoral

5 comentários:

  1. Não consegui notar argumentos convincentes de que o REbatismo possui respaldo Bíblico. O que ficou evidente foi que o rebatismo era aplicado àqueles que, na ocasião do seu primeiro batismo, não possuíam conhecimento exato da verdade e por isso não tinham plena consciência do seu significado, como um contrato assinado por um incapaz, não possui validade, não surte efeito, o efeito no caso é o recebimento do espírito santo. O batismo nao só simboliza uma nova vida, um arrependimento da vida anterior, mas também um pacto onde você dedica sua vida Deus e você não dedica sua vida duas vezes. O batismo pra ser reconhecimento tem que estar de acordo com a palavra de Deus e quando está, só existe um. Não há que se falar em alterações de cláusulas se ele for verdadeiro. Se as leis são as mesmas não há necessidade de 2 ou mais batismos. Só haverá necessidade do segundo batismo se o primeiro não foi verdadeiro. O processo de confissão de pecados e por fim disciplina e reabilitação da pessoa como membro da congregação, não se exige rebatismo. Pois a pessoa não está selando um novo pacto. O pacto original(do seu batismo) se mantém, o que houve foi uma falha da pessoa ao cumprir as regras. JEOVÁ IRÁ PERDOA-LA, SE ELA SE ARREPENDER, JEOVÁ NÃO VAI SELAR UM NOVO PACTO SE O PRIMEIRO ja foi estabelecido com base na verdade.

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    1. Assim que puder, vou preparar um material com mais detalhes sobre o tema. Este artigo é antigo e há alguns detalhes não fornecidos nele.
      Muito agradecido pelo seu comentário!

      Pr. Josimir

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  2. Além do que o batismo significa nascer de novo.. E vc não precisa nascer de novo só porque cometeu um pecado, se arrependeu e foi reaceito.
    Aguardo resposta. elvis.sp11@gmail.com
    Obrigado

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    1. Assim que puder, vou preparar um material com mais detalhes sobre o tema. Este artigo é antigo e há alguns detalhes não fornecidos nele. Muito agradecido pelo seu comentário! Pr. Josimir

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